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Harley Davidson de 350cc chegará ao Brasil?

Como já é um fato bem divulgado, a Harley Davidson, mesmo após a mudança de seu CEO, o Sr. Jochen Zeitz manteve um contrato firmado por seu antecessor com a fabricante chinesa Qianjiang, a famosa QJ Motors, para o lançamento de motos de 350 e 500 cilindradas.

A ideia da Harley Davidson é atingir o maior mercado de vendas de moto do mundo, que é o mercado asiático, liderado pela China e seguido pela Índia. Além disso, a grande maioria das motos vendidas por lá são motos de baixa cilindrada que atendem à maior demanda daquela população.


Os harleyros puristas – os mesmos que hoje compram modelos 250cc com motor 2 tempos fabricados pela AMF – meio que torceram o nariz para essa investida da Harley em modelos de baixa cilindrada quando surgiras os primeiros boatos, mas a verdade é que a marca americana é uma empresa, que tem acionistas, que vende um produto e que não vive só de memória.


Se assim o fosse, o museu da Harley seria o item mais rentável da marca e teríamos filiais em todos os países do mundo. Uma empresa saudável precisa ter lucro para viver e é impossível virar as costas para o maior mercado consumidor de motos do mundo. Senão, o que vai sobrar para nós será só o museu mesmo.


Para que os fãs da marca (e eu me incluo aí) possam ainda ter suas enormes motos nas estradas maravilhosas (ou nem tanto) daqui, é preciso que a marca venda muito, e no mercado asiático não serão os morcegões e caras de tubarão que irão fazer a marca sobreviver.


E só para tremer o coração de um fan boy, a Harley ainda vai lançar um modelo de 440cc para o mercado indiano em julho, com o mesmo preço de uma Royal Enfield Classic 350 por lá. Ou seja, estão querendo brigar de frente com quem manda no pedaço naquela região.


Agora, qual a probabilidade dos modelos X350, X440 e X500 chegarem em terras brasileiras? É de 50%, ou seja, pode chegar e pode nunca chegar. A verdade é que, para a Harley está sendo um bom negócio fabricar essas motos na China e já distribuir por lá mesmo.


Para que essas motocas cheguem aqui, seria necessário uma fábrica da QJ motors por nossas bandas para que o preço seja interessante ou uma parceria com uma fábrica já instalada. Até a Royal Enfield já percebeu isso e instalou sua linha de montagem em Manaus em parceria com a Dafra.


Sobre a moto


A QJ Motors não é uma fabriqueta de fundo de quintal da China, mas é a atual proprietária da italiana Benelli, e as bicilíndricas que estão sendo fabricadas para a montadora americana de Milwaukee seguem padrões de qualidade já bem testados no mercado asiático.


Ainda que o motor não tenha o apelo estiloso de um V2, o design das motos segue a inspiração da Sportster XR 1200X, mais esportiva, o que não foge muito do que já estamos vendo na Harley Davidson há algum tempo.


Para quem não gosta desse design mais esportivo, recomendamos então que não acesse o site da Indian, que também é famosa por suas motos em estilo custom, tão lindas quanto as Harleys, porque eles andaram fazendo uns cruzamentos de tatu com cobra por lá que nem combinam com a famosa logomarca do índio com seu cocar majestoso.


Por fim, se os modelitos pequenos da Harley chegarem por aqui com preço compatível, não vemos com maus olhos a presença de HDs menores ao lado da nossa Black Betty nas ruas. No mundo das duas rodas cabe de tudo e o mais bacana é partilhar a estrada com quem gosta de sentir o vento na cara, independentemente de qual motor o está levando, contando que não fique cortando giro do nosso lado – ô, coisa chata!


Ou você acha que até em um passado não tão remoto, todo mundo andava de Harley comprada no Mappin e os assuntos nos bares eram os novos grafismos da coleção exclusiva lançada naquele ano?! Claro que não! O que valia a pena era cair na estrada e curtir com os amigos lado a lado ou com a amada na garupa.





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