A volta da tão sonhada Placa Preta.
Atualizado: 10 de mar.
Nos longínquos anos 80, a Federação Brasileira de Veículos Antigos sensibilizou os órgãos de trânsito brasileiros, mostrando-os que determinados veículos não tinham as mínimas condições de se adaptarem às exigências impostas pelo CTB daquela época, com encosto de cabeça nos bancos dianteiros, cintos de segurança de três pontos, retrovisor externo do lado direito e a luz de freio extra, os conhecidos brake light.
Com isto foi criada a placa de Veículo de Coleção, que tinha o fundo preto e os caracteres alfa numéricos em cinza, popularmente conhecida como Placa Preta; sob minha percepção, como Diretor da FBVA, um prêmio ao colecionador que manteve seu veículo (por trinta anos no mínimo), conservando suas características de fábrica.

Desde 2018 com a vinda de placa Mercosul as características da placa de coleção foram alteradas e o novo modelo passou a ter o fundo padrão Mercosul e os caracteres em cinza. Isto não foi bem aceito pela comunidade antigomobilista que sempre questionou o porque de o fundo não permanecer na cor preta.

Após o trabalho desenvolvido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos ao longo do ano em conjunto com o Detran-PR, foi publicada na edição do dia 22 de dezembro do Diário Oficial da União a Resolução 887/21 que oficializa o retorno da Placa Preta.
A nova placa para veículo de coleção terá o tradicional fundo preto com letras brancas, além de uma faixa azul no topo seguindo o padrão Mercosul.
Ela veio após consulta pública realizada recentemente, cuja participação da comunidade antigomobilista foi estimulada pela FBVA, terá validade em todo território nacional e entrará em vigor a partir de 1 de junho de 2022, prazo para adequação dos demais órgãos de trânsito e fornecedores.

Mais uma conquista da comunidade em prol do antigomobilismo através das ações da Federação Brasileira de Veículos Antigos.